Mais 5 coisas que fiz pela primeira vez longe de casa

17 de agosto de 2015 | Escrito por Juliana Santiago | Diário de viagem

Agora você confere as outras 5 coisas que fiz pela primeira vez longe de casa.

6. Fazer rafting

Esportes radicais, para muita gente, denotam medo, total saída da zona de conforto e um “não, obrigada. Estou bem assim”. E até nem nego que seja isso mesmo. Porém, o que pouca gente nos diz sobre eles é que:

– O meio ambiente e o instinto de sobrevivência da gente estão em extrema sintonia, tal qual um cachorro e seu dono. Daí a possibilidade de você e a natureza entrarem em acordo ser até maior do que com egos pessoais.

– Você não precisa encarar algo que não tenha a ver com você para fazer um esporte radical. Ou seja, se você tem medo de altura, não precisa fazer paraquedismo, por exemplo. Há outras opções que envolvem terra ou água com as quais você pode se sentir mais seguro.

– Você pode perfeitamente ir devagar, afinal, os guias, os equipamentos, e as pessoas que trabalham com isso estão ali para que você tenha uma experiência sem traumas. Eles sabem que a maioria dos que estão ali não são atletas profissionais (se fossem, é mais provável que nem os procurassem).

– Fiz rafting pela 1ª vez na Colômbia, no departamento Santander, cuja paisagem é altamente propícia para deportes extremos em geral. Para mim, o rafting trouxe uma sensação de depuração na alma que fincou raízes na memória das minhas emoções. A água na cara, a correnteza, remar para o perigo…recomendo e, sempre que posso, repito.

7. Conhecer um cassino

Chegamos a Macau graças a um evento sobre Língua Portuguesa na Ásia. Nem sabia que me depararia com uma cidade tão bonita. Macau é mistura de prédios históricos com cassinos. De português com cantonês. De neon com biscoitos caseiros. É o ponto em comum entre a vovó, a prima metida a rica e o tio bicheiro (risos). E foi numa voltinha despretensiosa pela noite, que caminhamos até o Venetian, o maior cassino do mundo.

longe de casa

Tal como em outros cassinos, é proibido tirar fotos das partes de jogos. Mas na parte da pequena Veneza, bem como das lojas é, sim, permitido.

O Venetian, assim nomeado em homenagem à cidade italiana Veneza, tem em seu interior uma simbólica réplica da cidade com direito a gôndola e céu diurno!).

Não joguei. Minha curtição ficara mais em ver a pira dos que jogavam, as lojas, a réplica da cidade e andar naquele imenso e glamuroso lugar que parecia não ter fim.

8. Experimentar suco de flor

longe de casa

Era sempre a mesma coisa nas viagens. Parávamos em um restaurante, pedíamos a comida. E pra beber: a cerveja do lugar, o café do lugar ou um desses refrigerantes universais. Mas no caso do Vietnã, país no qual passamos 20 dias, essas bebidas já não nos provocavam a vontade. Foi quando apareceu no cardápio a opção Hibiscus Flower Juice e aboliu o tédio que se instalara entre os drinks. Eu quis, claro! Nunca fui afeita às chatices gastronômicas nem sequer na minha cidade, quem dirá viajando pelo mundo! Pedi o tal do suco. Um líquido bordô, com a flor mergulhada no fundo do copo me veio. Doce. Natural. Diferente do resto. Tomei-o sentada nos famosos banquinhos de Hanói, assistindo ao impiedoso trânsito, e feliz por ter garimpado aquela novidade.

9. Comer formiga, rã, crocodilo e cobra

Definitivamente, não gosto de tédios gastronômicos. Quando vou a um restaurante, em qualquer lugar do mundo, o prato mais atraente para mim, normalmente, é aquele que desconheço. Que nunca provei. É comum entre meus amigos, ser eu aquela pessoa que pede o prato exótico parecido com um despacho.

longe de casa

Em um passeio por Bogotá, vi as tais das Formigas Santandereanas. Salgadinhas e torradinhas. Tira-gosto comum entre os colombianos. Mas exótico para um brasileiro. Comprei um saquinho. Fui surpreendida com o sabor. Pareciam aquelas pipocas industrializadas do saco amarelo. Sim, chega a ser gostosa. A parte difícil é só a de abstrair que você está comendo formiga.

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Já em Siem Reap, Camboja, a tentação foi outra. Um tipo de barbecue muito popular por lá. Você escolhe cinco tipos de carnes e prepara na hora, na “grelha” colocada em sua própria mesa. Escolhemos rã, crocodilo, cobra e duas outras mais comuns (bife e camarão). As três são ótimas. Rã é a mais familiar: gostinho de frango. Crocodilo tem um sabor mais particular que a rã, mas textura mais comum que a de cobra. E finalmente, a de cobra: carne borrachuda, porém deliciosa.

10. Morar com o namorado

Essa foi, sem dúvida, a mais inesperada e intensa entre as minhas primeiras vezes longe de casa. A gente, secretamente, sempre espera encontrar alguém legal pra partilhar as descobertas, mas ao mesmo tempo, nunca se acha suficientemente merecedor do que pensamos ser o amor legítimo. O fato é que sendo ou não amor e legítimo, quando se passa a viver junto a alguém, passa-se a ver quão fútil é perder tempo colocando a relação em palavras (para que uma terceira pessoa a analise), e mais ainda quando se está longe dos seus, em uma cidade igualmente estranha para ambos, como foi o meu caso e o dele.

Morar junto não é fácil. Nem com pai e mãe, nem com amigo, nem com namorado. Com ninguém. Dito isso, tudo tem seu percentual de bônus, ainda mais quando há afeto e apoio envolvidos (e certa economia financeira). Além disso, vale a pena dizer que, se deu certo, foi mais (muito mais!) uma questão de decisão forte de ambos do que de sermos seres sobrenaturais e tocados por Eros, o Deus do amor.

Confira aqui as primeiras 5 coisas que fiz pela primeira vez longe de casa.

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Escrito por Juliana Santiago

Nunca comprou melhorias no Candy Crush.