El viajero – Parte 2 – Guatapé
No fim de semana seguinte ao de Manizales, decidi fugir (como disse a Karol) pra Guatapé, uma cidadezinha linda a duas horas de Medellín. Reservei o hostel na quarta-feira e no sábado seguinte, ao fim de tarde, parti.
Janis
Fazia bastante frio em Guatapé na noite de sábado. Enquanto o recepcionista fazia o check in, uma mulher que era a Janis Joplin se não tivesse morrido me explicava os preços do café, do jantar, da cerveja… Depois descobri que ela era a dona do hostel e mãe do recepcionista. Esse lance de viajar e se hospedar em hostel é interessante pela diversidade de caras e sotaques com que nos deparamos. Depois de um tempo, a gente se acostuma, mas estar deitado em uma rede tomando uma cerveja e ao lado europeus loiros e desengonçados à mesa conversando em inglês, a princípio, causa uma sensação estranha.
Aqui Também Tem Tuk-Tuk, Jamie
No dia seguinte, fui explorar a cidade. Pra quem tem medo de altura, como eu, fazer turismo em cidades andinas é garantia de emoções extremas. Há sempre descidas e subidas, abismos e coisas em que você fica pendurado. Guatapé só não tinha em que se pendurar. Menos mal. Peguei um tuk-tuk em direção à pedra do Peñol. E o condutor atenciosamente parava em pontos estratégicos pra tirar fotos minhas.
E Eu Subi e Desci de Novo
A pedra do Peñol é, obviamente, um bloco de pedra. De tão grande pode ser vista de qualquer lugar de Guatapé. Eu me contentaria em olhar pra ela lá debaixo. Mas meu novo eu não se contentou e subiu os 659 degraus (depois de pagar dez mil pesos). Mas a vista definitivamente compensa o cansaço. Guatapé é um imenso reservatório de água inundado artificialmente. E o resultado é uma imagem maravilhosa. É nessas horas que eu gosto de ser da mesma espécie de alguém que pensou e executou uma obra dessas.
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Escrito por Filipe Teixeira
Escritor amador e ansioso profissional.