Parque Explora – Ciência, diversão e interação em Medellín

12 de agosto de 2015 | Escrito por Filipe Teixeira | Lugares, Viva Medellín

Era sábado à tarde e o plano era de irmos ao Parque Explora. Demorei dois meses para ir ao lugar que enche de orgulho muitos colombianos que aqui vivem. Sem saber o que me esperava, só ouvi falar que era um lugar interativo e divertido.

Perto da entrada, vi vários experimentos que me deixariam com mais vontade de aprender Física e Biologia na escola. Explicaram sobre as ondas mecânicas, gravidade e até dinossauros (só me lembrava do Ross Geller dos Friends, imagino que ele iria adorar estar ali) e, sem nenhum folder ou direção, resolvi presentear minha curiosidade com um passeio sem roteiro. Onde eu queria entrar, mesmo sem saber sobre o que se tratava, me infiltrava com a justificativa de que a porta estava aberta.

parque explora

Vimos uma sala vazia e uma moça entregava óculos 3D. Ela falou que era um filme sobre morcego, ou melhor, murciélago (sabiam que essa é a única palavra do espanhol que junta todas as vogais? É, amado leitor, aqui nao é só curiosidade sobre Medellín. É assunto de figurinha de chiclete também!)

Contaram sobre a historia do bicho, algumas espécies e, claro, isso tudo com aquelas imagens um pouco assustadoras. A vontade que tive foi de tirar os óculos e parar de ver um pouco, mas escutei tantos gritinhos felizes das crianças na sala ao ver aquilo tudo que eu queria demonstrar minha valentia (de sobrenome) e continuei assistindo tudo.

Depois de sair da sessão e cobrir o meu pescoço com medo de vampiros e afins, fui à exposição da mente. Há vários experimentos sobre os sentidos. Fiquei muito impressionada com o do Olfato: a ideia era sentir o cheiro do cotidiano Pude sentir o cheiro do café, da pasta de dente, do chocolate e só faltou a arepa para ficar completo. Foi tão incrível que eu perdoo, Parque Explora. Espero que tenham anotado a dica. Se quiserem surpreender, podem colocar o cheiro arepa con mantequilla.

colagem comidas

Depois, havia a experiência das expressões faciais e que devíamos acertar quais eram as emoções. Era um jogo de dupla. Descobri que sou uma péssima atriz. Como eu só tinha tomado café e já eram 3 da tarde, a única expressão que eu conseguia exprimir foi a “faminta”. Devo confessar que mandei muito bem. Filipe acertou rapidinho.

Por falar em comida, tem uma exposição maravilhosa sobre alimentos. Havia um telão mostrando empadas, bacon, banana e outros alimentos. A ideia era só para ilustrar. Eu, com meu jeitinho, tirei fotos de gordinha feliz. Nisso, a guia do parque olhava e dava uns risinhos e eu lá feliz, devorando vários pastéis, bacon e pães virtuais. A experiência foi tão bacana que a fome se escondia. Ela sabia que era intrusa. Queria explorar tudo por lá. Depois, havia uma mesa com um computador e devíamos acertar os enfeites da mesa e os costumes alimentares de alguns países. Escolhi a Argentina e acertei.

Quase indo embora, vi uns quatro computadores. Uma dupla era o polén e outra era a abelha. O jogo consistia em jogar o polén nos lugares indicados para demonstrar o percurso do inseto que faz a polinização natural.

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Deixando a fome para lá, fomos ao aquário. Há o de água doce e água salgada. O de água doce é o maior da América Latina. Achei incrível! O outro é aquilo que estamos acostumados a ver: Nemo e sua turma. De qualquer forma, é sempre legal ver. A tranquilidade que o fundo do mar passa, mesmo que em um aquário, é tranquilizante. Fiquei por um bom tempo assistindo àquilo e descansando. Ao sair, fui à parte dos animais periogosos: havia tarântulas, sapos coloridinhos e pequenos que têm um veneno mortal e cobras de todos os tipos. Me deu arrepio.

Ao sair, tinha a parte dos insetos. Barata para mim é um bicho que não merece classificação, muito menos uma caixa de acrílico para que as pessoas possam observá-lo. Descobri no parque que ela é um inseto e que vive em colônia. Me arrepiei sete mil vezes e, só de escrever isso, senti agonia. Respeito todas as formas de vida, mas essa quero bem longe de mim. Para amenizar o passeio, fui ver as borboletas e os efeitos das asas delas na luz. Muito bom! A natureza me surpreende demais e esse passeio me fez sentir muito mais próxima dela. Quem estiver por aqui, espero que possa conhecer e aprender mais sobre o corpo humano e a natureza que nos cerca. Vale muito a pena! 

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Horário de funcionamento

– De terça a sexta-feira: das 8h30 às 17h30. A compra de ingressos se encerra às 16h.

– Sábados, domingos e feriados nas segundas-feiras: das 10h às 18h30. A compra de ingressos se encerra às 16h.

Atenção: crianças com menos de 1,10 m não pagam!

Valor: COP 22.000

Clique aqui para comprar o ingresso.

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Escrito por Filipe Teixeira

Escritor amador e ansioso profissional.