7 dicas para enfrentar conexões longas

14 de agosto de 2015 | Escrito por Filipe Teixeira | Dicas

O sonho de todos nós é de que todos os voos fossem diretos, para aproveitarmos cada segundo do lugar para onde viajamos, mas nem sempre é possível e nos deparamos com conexões longas entre nosso ponto de partida e de chegada. Sendo assim, o que nos resta é aproveitar esse tempo da melhor forma. E, dependendo das circunstâncias, você pode ficar no aeroporto ou sair para curtir a cidade. Confira abaixo 7 dicas de como tornar longas horas de espera em algo divertido ou até produtivo.

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1. Passear pelo aeroporto

Se sua conexão não é tão longa ou se a emigração/imigração tomam boa parte do tempo da conexão, uma volta pelo aeroporto é o ideal para esperar pelo próximo voo. Existem aeroportos muito grandes e bonitos por onde você pode passear, fazer uma refeição ou até, dependendo do tempo que você tenha – e do aeroporto -, pegar um cinema. Isso sem falar no Duty Free (que nem sempre é tão free assim), onde você pode comprar aquele presente para quem você está indo visitar.

2. Ficar na internet

Aprendi isso na marra. Resisti demais até comprar um smartphone, mas depois de passar 10 horas no aeroporto de Zurique e 11 no de Madri, percebi como é mentalmente saudável ter um smartphone (ou um tablet ou um notebook) nessas horas. Claro que eu poderia fazer outras coisas – como vou listar abaixo -, assim como você também pode, mas do mesmo jeito que a internet suga seu tempo quando você tem que se concentrar em outra coisa, ela pode fazer o mesmo quando você tem tempo e tédio de sobra.

Só não se esqueça de levar o carregador do seu dispositivo, aí é só procurar o local do aerorporto onde você poderá carregá-lo. Outro ponto para ficar atento é o preço pela utilização do wi-fi. No entanto, se você for old school demais para se render a smartphones, tablets e companhia, mas quer entrar na internet, são vários os aeroportos que possuem totens onde você pode acessar a ~rede mundial de computadores~, mas você fica em pé e paga por isso.

3. Escutar podcast

Foi isso que fiz durante boa parte dessas 21 horas em Zurique e Madri. Como eu estava na era pré-smartphone, eu baixava os podcasts e os ouvia no mp3 player. Mas um smartphone ou tablet com um agregador de podcasts instalado é o ideal. Aí você aproveita e assina o feed do O Nome Disso É Mundo. Se seu dispositivo é Apple, então você pode escutar podcasts pelo iTunes (e também estamos lá). Dica: baixe os podcasts antes de ir para o aeroporto, em uma rede wi-fi grátis, para não ter que utilizar o wi-fi do aeroporto. E, mais uma vez, leve o carregador, porque poucas coisas são mais desesperadoras do que ver seu celular descarregado faltando ainda várias horas para o seu voo.

4. Ver filmes e/ou séries

Eu sou daqueles que acha que ver filme em celular e tablet é uma blasfêmia. Mas em situações-limite, certos pecados são perdoáveis. Hoje, com Netflix e outros serviços de streaming (cuidado com isso dependendo do país onde você está), você consegue assistir a filmes e/ou séries no seu smartphone, tablet ou notebook. Porém, assim como no caso dos podcasts, o ideal é você já ter no seu HD aquilo a que você quer assistir, afinal nunca se sabe se o wi-fi do aeroporto vai ser legal com você ou se você está disposto a fazer um download em uma rede que não é lá muito segura.

5. Ler

Acabou a bateria de tudo? A internet deu pau? O Morpheu ativou o pulso eletromagnético? Seus problemas acabaram. Leve sempre um livro ou uma(s) revista(s) para ler. Dê preferência a livros mais leves, não faça como eu, que levei Clarice Lispector pra ler durante a viagem. Revistas também são uma boa pedida, pois não cansam tanto. Se você esqueceu, seguramente o aeroporto tem uma loja onde você pode adquirir uma obra para se entreter.

6. Dormir

É, tem uma hora em que o sono bate. E aí você tem várias opções para dormir tranquilo entre um voo e outro. Alguns aeroportos possuem lounge, mas isso é tratamento premium, VIP, etc. Os mortais podem alugar um quarto de hotel próximo ou utilizar os serviços de hotel de permanência rápida, que alguns aeroportos disponibilizam. E a opção mais roots de todas é procurar um cantinho pra chamar de seu no chão do aeroporto. Faça da sua mochila/mala travesseiro e vá encontrar o Leonardo di Caprio e Marion Cotillard no mundo dos sonhos. Eu recomendo que você só faça isso se estiver acompanhado. Por mais seguro que seja um aeroporto, nunca se sabe o que pode acontecer.

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7. Conhecer a cidade

Por último, a melhor opção de todas: sair do aeroporto e conhecer o que der da cidade durante as horas da conexão. Mas, antes de fazer isso, é preciso levar algumas coisas em consideração.

– Calcule o tempo: considere todo o processo de segurança para entrar no próximo avião, a distância entre o aeroporto e o centro da cidade, o horário de funcionamento dos transportes públicos e uma possível passagem pela emigração. Se depois de considerar tudo isso, ainda lhe sobrarem pelo menos umas 6 horas, então, como diria Raul, “vá e grite ao mundo que você está certo”.

– Verifique os transportes públicos: em muitas cidades, há estações de metrô no aeroporto. Eu considero essa a melhor forma de ir para a cidade passear, pois é barata e segura. Pegar táxi é normalmente mais caro, principalmente porque os aeroportos tendem a ficar mais afastados e andar de ônibus em uma cidade que você não conhece é sempre um risco, principalmente se você está com o tempo contado. Se a escala for noturna, redobre a atenção aos horários em que os transportes públicos começam a circular.

– Avalie se a cidade vale realmente a pena: claro que conhecer uma cidade nova, seja ela qual for, é sempre uma experiência interessante, mas, considerando que você está em uma conexão e que em algumas horas irá pegar um avião, é melhor garantir que você chega ao destino final do que arriscar perder o voo em troca de conhecer uma cidade que nem estava nos planos.

Depois das duas longas esperas sobre as quais falei no começo, decidi que das próximas vezes eu me prepararia para conexões longas. Me preparei tanto que chegou um momento em que passei a optar por voos assim, exatamente para que eu pudesse conhecer melhor outras cidades além das que eu tinha planejado previamente. Foi dessa maneira que conheci Praga em uma escala de 13 horas – que pegou o final da tarde (era verão e anoiteceu lá pelas 21h30) e uma manhã -, e um bar em Bruxelas, em uma escala noturna de 10 horas. Em ambas as ocasiões, me hospedei através do Couchsurfing.

E você, leitor? O que faz para passar o tempo em conexões longas? Responda nos comentários.

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Escrito por Filipe Teixeira

Escritor amador e ansioso profissional.