10 aprendizados no Sudeste Asiático

21 de agosto de 2015 | Escrito por Rafael Feltrin | Diário de viagem

Após um bom tempo de distanciamento – ou aproximação – de algo que vivemos, vamos criando um valor maior para o que fez parte da experiência. Depois de dois anos desde que retornei da Ásia, percebi que também sou capaz de dar um “passo para trás” quando necessário, ao ver as minhas viagens e descobertas com um olhar mais objetivo.

Embora eu tivera alguns contratempos, minha consciência sempre tentou – e na maioria das vezes conseguiu – permanecer tranquila.

Entre uma experiência e outra, seguem algumas coisas que eu fiz durante o meu tempo naquele tal de Sudeste Asiático:

1. Fui flexível o suficiente para mudar meus planos quando necessário

sudeste asiático

De longe, esta foi a coisa mais inteligente que eu fiz na viagem. Meu itinerário cuidadosamente trabalhado às vezes ia para o inferno dentro de uma semana. E por essa razão, eu me entusiasmava, ficava feliz por estar um tanto “desplanejado”. E cada vez que eu mudei os planos, foi pela mesma razão: tentar ir além dos planos, de alguma forma. (#Vantagemdeviajarsozinho, bjs.)

2. Fiz o milagre da multiplicação dos dólares, em todos os momentos

Sim, é a moeda oficial do suborno. Dólares americanos me salvaram diversas vezes, principalmente quando eu estava “preso” na fronteira entre Laos e Vietnã, taxado de brasileiro “malandro” (e bem decepcionado pela imagem que nosso país vende lá fora); me disseram que 25 dólares fariam com que essa imagem fosse embora, em questão de segundos.

3. Levei uma mochila menor

Se tivesse sido maior, eu teria trazido toneladas de coisas de que eu não precisava e/ou uma dor nas costas. Claro que me refiro aos trechos relativamente pequenos em que eu voava, mas ainda assim, a melhor sensação do mundo era passar por vários check-ins, dizer para o atendente “My luggage is just a hand bag” e entrar no avião como se estivesse pegando um ônibus.

4. Andei de “lambreta tailandesa” em Chiang Mai

sudeste asiático

Menos movimentado do que Phuket, Chiang Mai é um ótimo lugar para iniciantes: as taxas de aluguéis são muito baratas, as estradas não tão vazias, mas pouco movimentadas em alguns trechos, além dos muitos pontos turísticos, cachoeiras e fontes termais. E quando eu bati, nem foi grande coisa.

5. Fiquei calmo quando as coisas deram errado

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Fosse em uma estação errada do metrô ou uma dificuldade de comunicação em mandarim, eu procurava aprender a lidar com o momento. Afinal, não foi tão ruim pedir o prato errado em um restaurante Hindu.

6. Fiquei mais cauteloso com a cultura alheia

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Acredito que não tenha passado por nenhum choque ou problemas de adaptação, porém as diferenças e os costumes, tais fossem um tanto “exóticos”, não me deixavam com receio. Um pouco disso foi resultado do cuidado em tentar compreender e me antecipar diante de algo novo, evitando impulsos ou “brasileirices”. E por incrível que pareça, funcionou muito bem.

7. Fiz boas fotos

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Se bem que qualquer pedaço de lá é propício a uma boa foto. Mas me esforcei bastante. Além do milagroso instagram, um editor de fotos como o Picasa já dava conta de uma bela história.

8. Aprendi a salvar minhas fotos

Eu não tinha remédios para dor de cabeça, mas tinha um bom acervo de drivers USB ao meu favor. Meu conceito sobre eles mudou no dia em que um deles sobreviveu dentro do meu bolso – não entendi até agora como – a uma chuva torrencial na Indonésia. Hoje não tenho dúvidas de que um dispositivo USB seja à prova de Tsunamis.

9. Raramente disse “não”

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E eu teria boas histórias pra contar, se eu me recusasse a provar o “medicinal” sangue de cobra? Se eu não tivesse assistido a uma tradicional luta de Muay Thai? Se não estivesse ficado preso no trânsito caótico de Bangkok? Se não tivesse comido insetos fritos? Se não tivesse ensinado chineses a falar palavrões? Claro que não!

10. Segui meu coração

Algumas vezes, eu paguei um mico de uma forma espetacular. Em outras, eu fiz tudo certo. E eu não tenho um veredicto sobre como as coisas aconteceram, essa é a verdade. Especialmente considerando o quanto essas coisas me fizeram bem.

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Escrito por Rafael Feltrin

Tenta ser legal, mas roubava Tazos na 5ª série.