Colômbia e a vacina contra Febre Amarela

16 de julho de 2015 | Escrito por Filipe Teixeira | Precisa saber, Viva Medellín

Faltava pouco tempo para vir morar na Colômbia. Filipe estava passando uns dias em Brasília comigo. Apesar de eu ter me esquecido do moleskine, agendas e meias, não me esqueci da vacina contra a febre amarela. Estávamos convictos de que ela era necessária para entrar no país. Como não lembrava o ano em que eu tomei a vacina pela última vez, liguei no posto de saúde e obtive a informação de que eu poderia tomar de novo, sem problemas. Pesquisei quais eram os dias disponíveis e me cadastrei no posto de saúde do meu antigo bairro (foi necessário levar a identidade e o comprovante de endereço). Depois de ter sentido a dorzinha da agulha, fiquei aliviada por ter riscado mais um afazer da checklist. Em seguida, me cadastrei no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Foi muito rápido. Com esse cadastro, o cartão de vacinas e a identidade, procurei o guichê da Agência no aeroporto para que pudesse expedir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). Há, também, outros vários lugares no Brasil que expedem. O funcionário de lá checou meu login, olhou o comprovante da vacina e na mesma hora foi emitido o certificado.

Tudo correto. Depois desse trâmite todo, ficaria realmente feliz se eu precisasse desse documento para entrar aqui. Sim, amigo leitor, não precisa da tal vacina de Febre Amarela para vir à Colômbia. Nem para Peru, Panamá, Punta Cana, México, Cuba, Argentina, Uruguai e países da Europa. Para os discípulos de São Tomé que só acreditam vendo, aqui está a lista feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quem vem viajar por terras colombianas nas áreas de Vale do rio Magdalena, Cordilheira Oriental (da fronteira do Equador até a da Venezuela), Chocoano e Antioqueño, Urabá, Serra Nevada de Santa Marta e Planícies do Leste (Orinoquia e Amazônia), é aconselhável que tome: o mosquito transmissor se desenvolve bem em lugares com vegetação densa.

Camila, estou indo para Medellín. E SE o mosquito transmissor que estava na Serra Nevada de Santa Marta pega carona em um cometa, passa no hotel onde estou, me pica e acaba com a minha viagem? O que fazer? 🙁

Que azar, hein? Se isso for te aliviar, verifique seu cartão de vacinas. O prazo de validade da vacina é de 10 anos. Se tiver perdido ou não tiver certeza, tome de novo. Importante salientar que, no Brasil, 31 pessoas tomaram mais de uma dose da vacina em um intervalo curto de dias, tiveram reações fortes e uma delas veio a óbito.

É altamente recomendável que os viajantes se vacinem, no mínimo, 10 dias antes de embarcarem. Isso é necessário para que a vacina surta efeito. Em relação aos países que fazem a tal exigência, há relatos de pessoas que viajaram sem respeitar o prazo e perderam a viagem.

Portanto, ao vir para Medellín, fiquem tranquilos: verifiquem se estão trazendo moleskines, caderninhos e as meias. Afinal, não ter um lugar para registrar os endereços dos lugares inesquecíveis da Colômbia e ficar com os pés gelados no avião é muito ruim.

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Escrito por Filipe Teixeira

Escritor amador e ansioso profissional.