Amsterdã e Paris – Série Mochilão na Europa

6 de abril de 2015 | Escrito por Danielle Coimbra | Diário de viagem

Continuamos o mochilão na Europa ao chegarmos a Amsterdã após uma maratona de festas – Ibiza, seguida do Tomorrowland. Estávamos em um grupo de 20 pessoas e, para abrigar toda essa galera, alugamos uma casa pelo site AirBnb.

Descobrindo os coffee Shops

No primeiro dia, fizemos um passeio pelo Vondelpark, um dos maiores parques da cidade. A caminhada vale a pena! Lagos, pontes, banquinhos para sentar e muito verde compõem a paisagem. De lá, seguimos para o nosso primeiro coffee shop. Afinal, Amsterdã sem coffee shop não é Amsterdã, não é? Mais ou menos! A existência deles na cidade tornou-se algo muito mais turístico do que, de fato, parte da vida dos moradores.

Para quem não sabe, os coffee shops de Amsterdam são locais onde a venda de maconha e derivados é permitida por lei, além de você poder fazer uso desses produtos dentro do estabelecimento. Um detalhe, não é permitida a venda de bebidas alcoólicas.

E aí, fica todo mundo lá, sentado nas mesinhas, batendo um papo, fumando um, tomando um chocolate quente e é isso! Nada demais. Existem vários coffee shops espalhados pela cidade, uns maiores, com mesas de sinuca e música alta, e outros menores, só com mesinhas e músicas mais calmas.

Cartões postais de Amsterdam

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Na manhã do segundo dia, seguimos para a Museumplein, onde ficam as famosas letrinhas do I Amsterdam. Tiramos várias fotos, em cima das letras, ao lado, embaixo, de todo jeito! E dá aquele friozinho na barriga de pensar “estou aqui, num dos maiores cartões postais do mundo!”.

De lá, seguimos para um mercado de rua chamado Albert Cuyp Markt, na rua de mesmo nome. Nesse lugar, que abre de segunda a sábado, vende-se de tudo! Desde frutas até calça jeans, numa mistura de cultura local com turistas do mundo todo!

Nossa próxima parada foi o Heineken Experience, uma visita guiada pela fábrica e museu da marca. Durante o tour, acompanhamos o processo de fabricação da cerveja, com direito a algumas degustações. A visita também conta com um simulador de DJ, uma tela enorme que simula um jogo de futebol e outras coisinhas!

Ao final, recebemos uma senha para fazer um passeio gratuito de barco pelos canais da cidade, outro cartão postal! É a oportunidade perfeita de enxergar a cidade por outro ângulo! Achei sensacional!

O último destino do dia foi a Leidseplein, uma praça com vários bares, restaurantes e coffee shops, claro! Com o cansaço pós-Tomorrowland ainda batendo forte, jantamos e seguimos para casa, para uma noite de vinho e amigos!

Quando se perder é, na verdade, se achar

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Para o terceiro e último dia, compramos tickets para o museu Anne Frank House, com horário marcado para às 9h30 da manhã! Porém, me atrasei para sair de casa, me perdi do meu grupo, fiquei em looping pela cidade tentando encontrar o museu e, resultado, quando cheguei lá já havia passado, e muito, do meu horário! E a fila dava voltas…

Pesquei um sinal de Wifi, fiz contato com o resto do pessoal – a essa altura, cada um perdido em um canto da cidade – e mudamos o itinerário do dia.

Alugamos um táxi-van, que nos levou a uma cidade que fica a meia hora de Amsterdã, chamada Zaanstad. Visitamos um bairro lindo, com vários moinhos, chamado Zaanse Schans. É lá, inclusive, que ficam um dos vários parques de tulipas da Holanda. Nos perdemos para, no fim das contas, nos acharmos. E foi daqueles passeios inesperados que fazem o dia valer a pena!

Nessa última noite, fizemos um Pub Crawl – um tour por vários bares e baladas da cidade. A partir da Leidseplein, fomos seguindo o bolo de gente do mundo todo, entrando e saindo de vários pubs.

Lá pelas tantas, uma parte do nosso grupo cansou da brincadeira e resolvemos dar uma volta pelo Red Light District, bairro onde prostitutas oferecem seus serviços de forma legal. É bem diferente e estranho ver aquelas meninas “fazendo a exposição da figura” numa vitrine. São várias ruas, e várias vitrines, e elas ali, em poses e caras sensuais. E nem pense em tirar fotos ou filmar! É proibido.

O verão em Paris

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O trem para Paris partia de manhã e, ao chegarmos à cidade, já sentimos aquele calor abafado do verão, misturado ao vai-e-vem da multidão pelos corredores dos metrôs. Estávamos, de fato, numa das maiores metrópoles do mundo!

Ficamos em um hotel bem próximo à Torre Eiffel, o que facilitou e muito a nossa vida. Fazíamos quase tudo a pé ou, no máximo, pegando uma linha de metrô.

Deixamos as malas no hotel e aproveitamos o resto do dia para conhecer a famosa Torre Eiffel! Compramos um espumante e fomos brindar àquele dia sentados ao pé da Torre!

De lá, atravessamos o rio Sena até o Trocadero, famoso ponto turístico por ter uma das mais belas vistas para a Torre Eiffel. Ficamos lá até às 22h, momento em que as luzes da Torre se acendem e proporcionam um espetáculo belíssimo!

A terra dos suspiros

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No segundo dia, fomos direto para o Arco do Triunfo, que nos rendeu uma subida de várias escadas! A vista para a cidade é linda! De lá, demos uma volta pela Champs-Élysées, em meio às maiores lojas do mundo. Comprei um lápis de olho da MAC e fiquei me achando!

De lá, seguimos para a Catedral de Notre Dame. É fascinante! Gigantesca, imponente, com todas aquelas gárgulas em volta! Conseguimos entrar para dar uma olhada por dentro e, sei lá, é algo de arrepiar… As paredes, gigantescas, o ambiente sempre na penumbra, com um ar ao mesmo tempo pesado e leve. Misto de sensações!

Demos a volta na catedral e atrás dela encontramos a famosa Ponte dos Cadeados, aquela onde os casais apaixonados fazem juras de amor e prendem um cadeado ali, para simbolizar seu amor eterno. E são milhões deles! Difícil achar um pedacinho vazio para colocar mais um!

Quando voltamos para a frente da catedral, alguns grupos de dança se preparavam para apresentações artísticas. Não sei explicar em palavras esses momentos, pois para mim foi tudo muito mágico! Estar em Paris, em frente a um dos mais belos cartões postais do mundo e apreciando, de graça, uma apresentação de hip hop e dubstep, misturada com skatistas e, ao lado, um homem dançando lindamente com uma música mais lenta. Como não amar Paris?

A balada perfeita

Fuçando na internet, encontramos uma festa que prometia ser a cara do nosso grupo. Muita black music, ragga, reggae, enfim, uma balada bem underground. Nouveau Casino era o nome do clube. Estávamos em uns 10 amigos e foi a melhor balada de toda a viagem. A música contagiou todo mundo, e dançamos como se não houvesse amanhã!

Mas foi também nessa festa que, por um vacilo meu, tive minha bolsa furtada, com alguns pertences, como celular, dinheiro e cartão. Deixei ela em cima de uma mesinha e, quando voltei para pegar, não estava mais lá!

O que aprendi com o ocorrido? Em primeiro lugar, não deixe seus pertences soltos, longe de você! Seja em qualquer parte do mundo. E, em segundo, não há nada que possa deixar uma viagem ruim quando você tem amigos legais ao seu lado e quando se propõe a passar por cima de coisas pequenas em prol de outras maiores. Afinal, eu ainda tinha 15 dias de viagem pela frente. Não ia deixar a peteca cair! Ainda mais em Paris!

No último dia, tivemos tempo para dar mais uma volta pela Torre Eiffel e de lá seguimos para a estação de trem, com destino a Berlim.

Na próxima semana, na continuação da nossa série, detalhes sobre a cidade que respira história!

[box type=”note” align=”alignleft” ]Um adendo

Essa primeira passagem por Paris foi bem curtinha, de apenas dois dias e meio, mas tive a oportunidade de ir novamente à cidade no final de 2014, então segue aqui o que vi de novidade nessa última visita:

Sacre Coeur – A Basílica é um espetáculo à parte, localizada no alto do monte Martre, ponto mais alto da cidade, no bairro de Montmartre. É linda por dentro e ainda oferece uma vista sensacional para toda Paris.

Museu do Louvre – Reserve um dia inteiro para aproveitar tudo que o museu oferece. O quadro da Monalisa é apenas uma das tantas atrações do local. Pagando um ingresso, temos direito ao acesso a todos os quatro salões. Quadros, pinturas nas paredes e no teto, cômodos mobiliados com móveis da realeza… sem dúvida, uma aula de História.

Castelo de Versalhes – A propriedade fica a uma hora de Paris, de trem. Seguindo a mesma lógica do Louvre, é um passeio que toma um dia inteiro. Uma caminhada pelos jardins do palácio dura, no mínimo, uma hora, e vale cada passo dado. Lagos, estátuas, caminhos que se confundem com labirintos. No interior do palácio, a visita faz com que nos percamos no tempo, e somos remetidos diretamente para os tempos de outrora.[/box]

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Escrito por Danielle Coimbra

Tem um caso de amor com a procrastinação.