Hoi An, Vietnã – Cidade 7 de 50

19 de fevereiro de 2015 | Escrito por Filipe Teixeira | Autores convidados, Desafio das 50 cidades

por Kiki Costa, de Porto, Portugal.

Para chegarmos à pequena cidade de Hoi An, voámos, pela Lao Airlines, de Vientiane para Da Nang. Da Nang é uma cidade costeira que foi invadida por grandes hotéis ao longo da sua costa e fica a sensivelmente 40 km de Hoi An.

As deslocações entre as duas cidades são fáceis de realizar, existindo basicamente três formas de o fazer: táxi, autocarro/mini-bus e mota. Como chegamos já ao cair da noite, combinamos um preço com um senhor do mini-bus que se encontrava no aeroporto, e lá fomos nós, por €10/12, em direcção a Hoi An. Passados uns 45 minutos, já estávamos no nosso hotel – O Hoi An Chic

O hotel fica situado um pouco fora do centro de Hoi An, estando rodeado por arrozais. A hospedagem foi um pouco mais dispendiosa que o normal, para o estilo de viagens que fazemos e até mesmo para os padrões asiáticos, mas para nós compensou porque estávamos em comunhão com a natureza e também estávamos em pré-lua-de-mel. O nosso quarto era enorme e fantástico, o staff muito amigável e oferecia um pequeno almoço irrepreensível. Para além disso, o hotel disponibilizava bicicletas gratuitas e free-shuttle para a cidade em antigos jipes americanos do tempo da guerra do Vietname.

hoi an

Hoi An, a antiga cidade portuária, revela-se um quadro, onde aparece pincelada por todas as tonalidades, com as suas lanternas, de amarelo torrado através das suas pequenas casinhas e de apontamentos de vermelho sangue nas entradas dos templos chineses. Todas essas cores abrilhantam de forma mágica o nosso imaginário.

O Thu Bon, o rio que banha e divide a pequena cidade em duas margens é contrariado por uma ponte pequena que insiste em unir as duas partes. Nessa ponte há pequenos comerciantes, um deles uma criança que ajuda a mãe a vender pequenas lanternas de oferendas aos Deuses. Tudo mágico, tudo tão irreal e tudo tão belo. Desta feita, grande parte da viagem consiste simplesmente em parar para apreciar cada pormenor que nos rodeia. A astúcia e o esforço árduo dos asiáticos é inegável.

E a comida? Meu Deus, que loucura! A melhor de sempre… até hoje nenhuma outra ousou superá-la! É outro nível, acreditem. Prova disso é que devo ter engordado 3kg nos 3 dias em que lá estive. E em grande parte culpa deste restaurante, o Morning Glory.

Gostámos tanto que aproveitámos para fazer uma aula de culinária. A aula teve o custo de €20/25 por pessoa. Este valor incluía uma ida ao mercado para aprender a reconhecer as especiarias e verduras e a elaboração de três pratos feitos por nós e posterior almoço com os nossos colegas.

hoi an

Hoi An é também conhecida pelas suas lojas e réplicas. Existem imensos alfaiates onde tudo pode ser feito em cerca de 12/24 horas. Também eu fiz o meu vestido réplica e o Paulo também trouxe uns sapatos Marc Jacobs por cerca de €20. Duraram um inverno, o que está óptimo pelo preço.

Para além disso, podem sempre tirar meio dia para visitar os templos My Son, a 50 km de Hoi An – de carro demora cerca de uma hora, hora e meia. São templos inicialmente hindus dedicados a Shiva, mas depois usados pelos budistas e foram construídos entre os séculos IV e XIV pelo reino Champa, que mais tarde viria a ser anexado ao Vietname. Encontram-se dispersos em pequenos grupos pelo meio da selva e ostentam ainda marcas dos bombardeamentos americanos. Estão ainda “preservadas” várias crateras abertas por eles.

Catarina Costa, para alguns a Kiki, tem 28 anos e nasceu na ilha de S. Miguel. Atualmente vive na cidade do Porto. Aos 18 anos foi viver e estudar Engenharia do Ambiente na cidade de Coimbra. Tem duas irmãs, um irmão e dois gatinhos amarelinhos. Uma das suas maiores paixões é cozinhar para os seus. Contudo, a sua derradeira paixão é viajar! Só assim sente-se verdadeiramente feliz e completa. Um dos seus sonhos é dar uma volta ao mundo com o Paulo. Leia outros textos da Catarina no blog Mochileta.

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Escrito por Filipe Teixeira

Escritor amador e ansioso profissional.